Policial

Polícia diz que serviço terceirizado do PCC pode ter matado jornalista no Paraguai

O chefe do Departamento Contra o Crime Organizado no Paraguai, Gilberto Fleitas, suspeita que o jornalista brasileiro Léo Veras, de 52 anos, tenha sido assassinado por equipe “terceirizada” do PCC. A conclusão tem como base ao uso de balas no dia do crime, ocorrido em 12 de fevereiro, que também foram utilizadas em outros ataques ocorridos na fronteira.

O veículo que teria sido utilizado no crime, um Jeep Renegade, foi apreendido durante operação neste fim de semana em Pedro Juan Caballero, cidade fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Segundo Gilberto Fleitas, os supostos autores do homicídio são membros de estrutura criminosa lideradas pelos traficantes Sergio De Arruda, o Minitauro, e Ederson Salinas, o Ryguassu, ambos presos no Brasil, além de Márcio Sánchez, o Aguacate.

A polícia paraguaia também já suspeita quem teria efetuado os tiros contra Léo Veras, que jantava em sua residência quando foi morto a tiros.

Ainda de acordo com Gilberto Fleitas, líderes do PCC no Paraguai passaram a se tornar poderosos empresários e passaram a terceirizar os crimes. “Eles moram em mansões, hoteis, ainda precisamos entender como funciona toda essa estrutura”, disse ele ao jornal paraguaio ABC Color.

Já o promotor de justiça Marcelo Pecci, que acompanha o caso, disse que o próximo passo será aguardar o resultado da perícia das armas apreendidas na operação fim de semana. Da mesma forma será feita com os telefones celulares. Dez pessoas foram detidas, todas elas acusados de envolvimento na morte do jornalista.

*Dourados Agora