PM condenado a 7 anos por contrabando vai para a reserva remunerada
Condenado a 7 anos de prisão por contrabando, o tenente-coronel Luiz Carlos Rodrigues Carneiro passa a fazer parte da reserva remunerada da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (12). Com isso, o militar mantém um salário de R$ 23 mil, mesmo com pena para cumprir pelo crime.
Na publicação, assinada pelo diretor- presidente da Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul, Jorge Oliveira Martins, o tenente-coronel é transferido para a reserva remunerada “a pedido”.
Essa é a segunda movimentação de Luiz Carlos dentro da Polícia Militar neste mês. No dia 7 de janeiro, foi retirado do quadro de servidores da diretoria de gestão do Presidio Militar Estadual, para faze parte da ajudância-geral, ambos dentro do Comando-geral da corporação.
Com a transferência, o tenente-coronel continua a receber salário mesmo afastado da função e condenado por contrabando. Segundo o Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul, o militar recebe mensalmente mais de R$ 23 mil.
Luiz Carlos foi preso no dia 17 de novembro de 2020 com mais de R$ 120 mil em produtos contrabandeados em Ponta Porã e teve a prisão preventiva decretada após passar por audiência de custódia em Campo Grande. Em dezembro, ganhou o direito da prisão domiciliar após testar positivo para a covid-19.
O tenente-coronel da PM estava em uma estrada vicinal, que liga o assentamento Itamarati à BR-463, quando foi flagrado. O militar era passageiro do Renault Sandero, conduzido por Felipe Hércules Alves Ferreira, de 27 anos.
Dentro do veículo havia 30 celulares Ipro Opal, pacotes de cabos de internet e 400 cigarros eletrônicos. Em depoimento, o PM contou que pegou carona até o assentamento, onde encontraria o ex-sogro e disse que não sabia que o motorista estava transportando produtos contrabandeados, mas foi desmentido pelo comparsa.
Em abril do ano passado, Carneiro foi condenado a três anos de prisão por posse ilegal de arma de uso restrito, resultado da Operação Oiketicus, da qual é alvo, mas recorreu da decisão e continuou trabalhando normalmente. Em julho foi condenado a 7 anos de prisão em regime fechado pelo contrabando.
*Campo Grande News