MPF denuncia conselheiros afastados por suposta prática de corrupção
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou os conselheiros afastados do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, além de outras 14 pessoas, no âmbito da Operação Terceirização de Ouro, da PF (Polícia Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). No caso de Chadid, uma nova ação penal foi aberta.
Na APn (Ação Penal) 1.057, que tramita desde 2017, foram denunciados Iran; Waldir; os assessores de Chadid, Parajara Moraes Alves Júnior e Douglas Avedikian; o assessor de Waldir, William das Neves Barbosa Yoshimoto; e outras nove pessoas.
Em despacho publicado nesta quarta-feira (10), o ministro Francisco Falcão deu 15 dias para os acusados se manifestarem. Ele negou à empresa Dataeasy Consultoria e Informática acesso aos autos de processos relacionados às investigações no TCE.
“O pedido não comporta deferimento, haja vista que os fatos apurados não estão relacionados com a empresa Dataeasy e com o contrato celebrado por esta com o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul. As investigações relacionadas à Dataeasy se restringem aos presentes autos, ao novo inquérito a ser instaurado, nos quais a defesa encontra-se devidamente habilitada, razão pela qual indefiro os requerimentos”, ponderou.
O contrato com a Dataeasy foi suspenso e depois encerrado pelo tribunal. Já na APn 1.058, foram denunciados Chadid e sua chefe de gabinete Thaís Xavier Ferreira da Costa. Falcão também deu 15 dias para as defesas contestarem.
O ministro ainda observou que as provas obtidas até agora podem embasar novo inquérito na corte. As ações estão em sigilo.
*Dourados Agora