Policial

Menina de 11 anos é vista se cortando na escola e revela agressões e abuso sexual

Uma menina de apenas 11 anos foi flagrada se automutilando numa escola estadual do bairro Cohab, região sul de Campo Grande, nessa terça-feira (16). Ela alega que apanha do pai com cinto e chutes e que o vizinho estaria a assediando, por isso o desespero.

Segundo o boletim de ocorrência, a menina participa de um projeto social de dança. Ao final da tarde, teria sido flagrada cortando os braços e chorando no banheiro por outras adolescentes, que acionaram a coordenação. O coordenador, junto a equipe da secretaria, acolheram a estudante e a encaminharam até a sala de direção, onde ela contou alguns fatos.

Aos prantos, a menina disse que se sente sozinha, que os pais não dão atenção, e que apanha do pai que faz uso de drogas com cinto e chutes. Ela afirma que tem outros cinco irmãos e que já se cortou nas pernas ano passado, fato que ficou comprovado devido às cicatrizes profundas que apresenta.

Ainda no relato, a menor de 11 anos afirma que passou a ingerir bebida alcoólica como vodka e cerveja e que fuma cigarro e narguilé. Segundo ela, outra estudante foi quem a incentivou a se cortar, afirmando que ninguém a amava.

A coordenação tentou contato com os pais da menina, mas sem sucesso. Após 30 minutos, o pai dela atendeu a ligação e disse que mandaria um vizinho ir buscar e que não podia ir até a escola naquele momento.

Desespero

Ao saber que o vizinho iria até a escola, a menina entrou em pânico e contou que o rapaz já havia abusado dela passando a mão em sua perna, seios e barriga. Ela disse ainda que o homem foi quem a levou até a escola na data de ontem de moto e que nessa ocasião a convidou para ter relação sexual em troca de dinheiro, e dormir com ele.

A coordenação acionou a Polícia Militar e a Guarda Municipal, já que os pais se recusaram a ir até o local.

O suspeito chegou até a escola e, indagado, permaneceu em silêncio. Ele foi encaminhado até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e o Conselho Tutelar foi acionado para acolher a menor.

Em consulta a ficha do pai foi verificado que ele tem passagem na Deam. A PM não conseguiu localizar o pai ou a mãe da menor.

*Porto Murtinho Notícias