Policial

Mãe de vítima de abuso por professor de dança em Murtinho diz que filha vai manter gestação

A mãe da adolescente de 14 anos, vítima de suposto abuso sexual por parte do professor de dança, em Porto Murtinho, retornou na delegacia para entregar prontuários médicos da filha e dizer que ela vai prosseguir com a gravidez.

Conforme relato da mãe, a menina está grávida de cinco meses e, após dialogar com ela e a família, foi decidido que a adolescente vai manter a gestação.

“Eu solicitei os prontuários médicos e outros exames que a vítima realizou. Ela também mencionou que a adolescente e a família resolveram dar prosseguimento à gravidez e desistiram de realizar a retirada do feto. Antes, elas estavam tomando as medidas legais, mas, depois desistiram. A mãe e filha disseram: o bebê não tem culpa”, afirmou ao Jornal o delegado João Cleber Dorneles, responsável pelas investigações.

Entenda o caso

A mãe da garota denunciou na delegacia de Polícia Civil um suposto estupro que teria sido cometido pelo professor de dança da menina. O crime teria ocorrido em agosto de 2019, mas, só foi descoberto neste mês. A vítima alegou para a polícia que está grávida de cinco meses do suspeito, de 27 anos.

Conforme a mãe, que não será identificada, a filha participava de um projeto de dança, de nome Artes em Cena. Um dos organizadores e professor, ainda segundo a denunciante, passou a convidar a adolescente para tomar tereré (mate gelado) na casa dele. Nas primeiras vezes, a garota diz que recusou, porém, diante da insistência, aceitou ir um dia ao local.

A prefeitura de Porto Murtinho disse ao Jornal que não vai se pronunciar sobre o caso e que apenas cedeu o espaço para o projeto, que era executado em uma praça pública. Segundo o município, o professor utilizava a energia elétrica de um ponto cedido e não tinha qualquer vínculo com a administração municipal.

No dia do suposto abuso, a adolescente deixou o irmão em uma consulta médica e teria ido até a casa do professor. Em certo momento, ele teria a levado até o quarto, apertado o pescoço dela e, em seguida, cometido o crime sexual.

De acordo com a polícia, a vítima teria falado que não queria. Mesmo assim o professor cometeu o estupro e perguntou se a jovem tinha gostado. Neste momento “ela disse que tinha nojo dele”.

Além da Polícia Civil, o Conselho Tutelar do município também atendeu a ocorrência. O caso foi registrado como estupro de vulnerável. O homem permanece solto. O caso foi registrado como estupro de vulnerável.

*Porto Murtinho Notícias