Ex-médico condenado por mutilações deixa prisão com tornozeleira
O ex-médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, condenado a 88 anos por mutilar pacientes, foi solto da prisão e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Rondon foi um dos beneficiados pelo induto especial concedido a presos por conta da pandemia do coronavírus.
Desde a sua prisão, há cinco meses, a defesa do ex-médico tentava converter a prisão em domiciliar, devido aos problemas de saúde do ex-médico.
“Foi concedido para ele a domiciliar em decorrência da diabete que ele tem, que é muito severa e que acaba colocando ele no grupo de alto risco do coronavírus”, comentou o advogado, Fabio Trad Filho.
O caso – A primeira condenação de Rondon foi em maio de 2011, em que ele foi sentenciado a 42 anos de prisão por lesão corporal dolosa qualificada por deformidade permanente em 11 mulheres. Vinte e dois anos depois, em agosto do ano passado, ele foi condenado a mais 46 anos por cirurgias estéticas mal sucedidas em cinco mulheres.
Rondon também já foi condenado em ações civis públicas, com indenizações que estão sendo pagas pelo CRM (Conselho REgional de Medicina) a mais de 120 mulheres que tiveram sequelas físicas e psicológicas decorrente dos procedimentos.
Contudo, em 23 de outubro do ano passado ele foi preso na casa da filha em uma residência na Rua 13 de Junho, no Bairro Monte Castelo, e foi encaminhado ao Centro de Triagem Anísio Lima.
Já naquela época a sua defesa havia entrada com pedido de prisão domiciliar, sob a alegação de que Rondon, de 63 anos, dependia de aplicação de insulina para controlar a diabetes, além de fazer tratamento para pressão alta e dislipidemia (elevação de colesterol que aumenta chance de entupimentos das artérias). Os pedidos, no entanto, haviam sido negados.