Operação mira servidora de Bela Vista suspeita de receber 30 mil para transferir veículos
Servidora do Detran (Departamento de Trânsito), suspeita de receber propina para realizar transferências irregulares de veículos, foi alvo de operação da Polícia Civil, em Bela Vista, distante 324 quilômetros de Campo Grande. Em oito meses, a mulher recebeu pelo serviço cerca de R$ 30 mil.
Denominada como “Gravame”, a operação investiga pessoas envolvidas nos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação do Detran-MS.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Bela Vista e Campo Grande. De acordo com a Polícia Civil, a servidora é suspeita de receber propina para transferir veículos de forma irregular.
As investigações apontaram que os automóveis e caminhões vinham de outros estados, eram encaminhados para o Detran de Bela Vista e, em seguida, com a participação da servidora, tinham os cadastros alterados, mesmo sem nunca terem circulado ou passado por vistoria.
A servidora realizava também transferência de carretas para inclusão fraudulenta do 4º eixo nas especificações dos veículos, trâmite que, normalmente, depende de um engenheiro e de aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Além da servidora, quatro despachantes são suspeitos de pagarem para que a mulher realizasse as transferências irregulares. Em oito meses, a suspeita movimentou mais de R$ 200 mil durante a ação criminosa e recebeu R$ 30 mil de propina.
Conforme apurou o Campo Grande News, na manhã de hoje, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande, policiais da 5ª Delegacia de Polícia, cumpriram mandado de busca e apreensão em uma empresa de despachante. No local, os investigadores apreenderam documentos.
As investigações contaram com o apoio dos investigadores do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.
A reportagem entrou em contato com o Detran, para saber o posicionamento do departamento em relação à servidora, mas até a publicação da matéria, o e-mail não foi respondido.
*Campo Grande News